domingo, 3 de novembro de 2013

Nessa terça-feira, dia 5, iniciam as assembleias populares pelo transporte público

Nessa terça-feira, dia 5, iniciam as assembleias populares pelo transporte público, organizadas pela Frente de Luta pelo Transporte Público (veja calendário em anexo). Na semana passada, a Audiência Pública sobre a Licitação do Transporte Público de Florianópolis, que aconteceu no Plenarinho da Câmara de Vereadores, mais uma vez mostrou o autoritarismo da prefeitura, que deixa a população sem esclarecimentos fundamentais sobre a licitação. Sem dar respostas aos questionamentos feitos sobre o assunto e alegando desconhecimento, o secretário dos Transportes de Florianópolis, Valmir Piacentini, encerrou sua participação e deixou o local, provocando indignação entre os presentes.

O presidente da mesa, vereador Dalmo Menezes, ao invés de dar continuidade à pauta e fazer os encaminhamentos devidos, também encerrou a audiência pública de forma autoritária. Coube aos vereadores da oposição, Lino Peres (PT) e Afrânio Boppré (PSOL), darem continuidade à Audiência.

O assessor do Sintraturb, Ricardo Freitas, reafirmou que o Sindicato não é contrário à licitação, e sim à forma como o processo está sendo encaminhado. Ricardo lembrou que há um calendário aprovado em Seminário realizado no mês de outubro, por mais de 30 entidades, com a aprovação de uma série de atividades populares e outras no campo administrativo e judicial.  

Para Freitas, a abertura dos envelopes da licitação, se acontecer no próximo dia 14 e da forma como se encontra, irá manter a situação como está hoje, dando segurança jurídica para grupos que já controlam o serviço. “Então por que não suspender o Edital e fazer um debate com seriedade?”, questiona.

As perguntas do vereador Lino Peres na Audiência Pública, da qual o secretário de transportes da Capital, Valmir Piacentini, se retirou sem dar respostas, foram:

1 - por que o edital ignora o fato de que o transporte coletivo na Capital precisa ser METROPOLITANO e sob o regime de CONSÓRCIO, e não focado somente em Florianópolis?

2 - por que o edital está desvinculado de um PLANO DE MOBILIDADE e do PLANO DIRETOR?

3 - por que no sistema de controle eletrônico para informação aos usuários aparecem especificações técnicas misturadas com marcas de empresas privadas, o que compromete a licitação?

4 - por que a Audiência Pública no TCE foi em uma segunda de manhã e mal divulgada, dificultando a participação popular, que também desconhece os encaminhamentos dados porque praticamente todas as perguntas ficaram sem resposta?

O vereador Lino destaca ainda que o transporte é um tema fundamental para a população, mas, da forma como a Prefeitura está encaminhando o processo, prevalecem os interesses políticos e econômicos. Outro problema grave é a falta de participação popular no processo.

Lino, que é membro do Grupo de Estudos da Mobilidade Urbana (GEMURB) da UFSC, participou da quase totalidade dos mais de NOVE eventos, desde 2009, promovidos pelo meio acadêmico e por entidades do movimento social que tiveram como pauta a questão do transporte coletivo na Capital. É um dos temas que mais têm sido estudados atualmente, com encaminhamentos práticos, como ocorreu em outubro passado, em seminário intitulado “O futuro do transporte em Florianópolis”. A prefeitura, porém, ignora sistematicamente essas contribuições, organizadas pela Frente de Lutas pelo Transporte Público.

Assista aos questionamentos de Lino que não foram respondidos e a fala do assessor do Sintraturb:




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