terça-feira, 29 de outubro de 2013

Lino participa de Seminário sobre Política Municipal de Habitação de Interesse Social e destaca necessidade de mais recursos



Professora da UFSC Maria Inês Sugai e professor da USP Nabil Bonduki


O vereador Lino Peres participou nesta terça-feira, 29, da mesa de abertura do 3° Seminário Estadual sobre Política Municipal de Habitação de Interesse Social, realizado pela Escola de Gestão Municipal (Egem) na Assembleia Legislativa. 


Em sua fala, Lino, que, como professor da UFSC, representou a academia,  com professor da UFSC, representou a academia,ra, 29, da mesa de abertura do 3em que vive parte expressiva da populaçseu trabl destacou a necessidade de aplicação, de fato, dos recursos destinados em lei para a habitação, assim como verbas específicas para pesquisas acadêmicas sobre o tema. Lino mencionou também a necessidade de ampliação dos recursos para que toda a população tenha direito à moradia, ressaltando o caso de Florianópolis, onde o discurso da qualidade de vida mascara a pobreza e a precariedade em que vive parte expressiva da população. 
Assim como houve investimento de instituições como CNPq e IPEA para as pesquisas na área, também é preciso avançar no aporte de recursos para fundos ligados à pesquisa em Santa Catarina, como os da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc), dentro do repasse de 21% do ICMS. Além disso, o Plano Estadual de Habitação de Interesse Social, elaborado em 2012, deve ter amplo apoio financeiro através  de um Fundo Estadual e de um Conselho específicos para a implementação de uma efetiva política estadual que apoie os programas municipais. 
O evento, que será encerrado às 18h de hoje, tem vários palestrantes, entre os quais o professor Nabil Bonduki, professor de arquitetura e urbanismo da Universidade de São Paulo.

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Seminário dia 30 debate papel das Comissões da Verdade na apuração de crimes da ditadura


O Gabinete do Vereador Lino Peres e o Coletivo Memória, Verdade e Justiça tem a honra de convidar para o Seminário que discutirá as comissões da verdade com o seguinte tema:
“A IMPORTÂNCIA DAS COMISSÕES DA VERDADE PARA APURAR OS CRIMES DA DITADURA CIVIL/MILITAR ENTRE OS ANOS DE 1964 E 1988”
Que debaterá:
1. A Origem das Comissões da Verdade
2. A Lei Da Anistia e a Punição aos Criminosos
3. Violência Contra Povos Negros e Indígenas no Período da Ditadura
DIA: 30 de outubro
HORÁRIO: das 18:00 às 21:00
LOCAL: Câmara de Vereadores de Florianópolis, Rua Anita Garibaldi, 35- Centro.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Moradores do Santinho se mobilizam contra desmatamento e Lino requer informações a órgãos públicos





O vereador Lino Peres está requerendo informações a vários órgãos sobre o desmatamento em área na Servidão Abelardo Paulo da Silva, acesso ao Canto Norte da Praia do Santinho. A área tem remanescentes de restinga, tipo de vegetação ameaçada no litoral catarinense e, especialmente, em Florianópolis. Lino destaca que a vegetação de restinga é protegida por várias leis por fixar a areia e as dunas e, assim, proteger as praias. 

Moradores estão mobilizados e já fizeram denúncia à Floram, Ministério Público Federal e Polícia Ambiental sobre o desmatamento que vem acontecendo naquela região de Florianópolis. Na quinta-feira da outra semana, máquinas escavadeiras e caminhões trabalhavam no local e já tinham derrubado algumas árvores quando os órgãos públicos foram acionados. (Assessoria de Comunicação do Mandato)

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Moradores da Serrinha voltam a cobrar ações da prefeitura


Moradores da Serrinha voltaram a se reunir com representantes da Secretaria da Habitação e da Floram na tarde desta segunda-feira, dia 21 de outubro. Os moradores não tiveram atendidos encaminhamentos das solicitações feitas na reunião ocorrida no início de agosto: arquivamento do processo administrativo da ocupação da área, considerada de risco pela Defesa Civil; lugar para as famílias poderem ficar até que se encontre uma solução para o caso; que fosse discutida indenização quanto ao material de construção destruído pelas motosserras; e que o acompanhamento do cadastro das famílias fosse feito tanto pela Secretaria de Habitação como pela Assistência Social do município, com o objetivo de verificar as necessidades de cada uma residente na área.

Depois de muito insistir com os representantes do poder público, que se negaram a dar prazos para resolver qualquer uma das questões solicitadas, os moradores conseguiram apenas a garantia da Floram, representada pelo setor técnico, de que as nove casas que hoje existem no local não serão demolidas. Também será avaliada a situação das duas famílias que tiveram suas casas derrubadas em agosto e além da situação do morador, identificado como Fernando, que teve sua casa derrubada nesta segunda-feira, 21, pela Floram.

Como em outras reuniões ocorridas com moradores da Serrinha e autoridades do executivo, em que Lino Peres ou sua assessoria participaram, a proposta do vereador sempre foi de se fazer um levantamento sobre as terras do município e da União que podem ser disponibilizadas para a habitação de interesse social e que se investigue a grilagem de terrenos na região. No último encontro, representantes dos moradores, organizações de apoio e a Secretaria de Habitação ficaram de ir à área para demarcar as casas e incluir as famílias em novo cadastro.

Na ocasião, Lino apontou ainda que a situação na Serrinha é a ponta do iceberg de uma problemática habitacional e urbana que as populações vêm vivenciando no Maciço do Morro da Cruz há anos, apesar das obras do PAC, que estão com problemas de término e incompletas. Por isso, nessa região devem ser estabelecidas Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS), que são zonas demarcadas para habitação de baixa renda. (Rosane Berti MTb.7926/ Assessoria de Comunicação do Mandato)

Suspensão de alvarás é um dos principais encaminhamentos solicitados em Audiência Pública no Rio Tavares


A suspensão de todos os alvarás pela Prefeitura, a partir de 18 de outubro até a aprovação do Plano Diretor, foi um dos principais encaminhamentos solicitados pela comunidade na Audiência Pública realizada no Centro Comunitário do Rio Tavares no dia 16 de outubro. A audiência foi presidida pelo vereador Lino Peres, autor do Requerimento n. 323/2013, junto aos vereadores Vanderlei Faria e Edmilson Carlos Pereira Junior, que não compareceu à Audiência. Lamentavelmente nenhum representante da Prefeitura esteve presente. A pedido dos vereadores Vanderlei e Lino, o secretário Dalmo Vieira Filho gravou fala para justificar sua ausência e explicar a situação de um prédio no local.

No âmbito da Comissão de Viação, Obras Públicas e Urbanismo, os debates envolveram as normas da construção civil para empreendimentos acima de dois pavimentos. As discussões sobre o tema se iniciaram depois que pessoas da própria comunidade local depararam com a construção de um prédio na principal via do bairro, que tem sido objeto de polêmica e contestação pelos moradores e movimentos sociais.

Na época, abril deste ano, quando inclusive foi realizado um ato público no local, a Prefeitura dizia que o prédio estava de acordo com as normas legais do município. Ao buscar mais informações sobre o caso, os moradores descobriram que, na verdade, não havia permissão para construção além de dois pavimentos acima dos pilotis. Brechas na lei, no entanto, foram utilizadas para elevar a construção para seis andares, o que provocou a indignação da comunidade local, que busca a preservação do Sul da Ilha, cada vez mais tomada de prédios e com menos áreas verdes.

O secretário Dalmo Vieira Filho, na fala que gravou para a Audiência, disse que, apesar de discordar da construção deste prédio, ele é legal. Assinala que, no atual anteprojeto do plano diretor, não se permitirá mais prédios com este gabarito naquela zona, restringindo-os a dois pavimento.

Na audiência, o vereador Lino Peres disse que, além de reduzir o número de pavimentos dos prédios a dois, conforme as comunidades da região demandaram em diversas reuniões, deve-se repensar uma arquitetura que destaque o valor das paisagens do local. Esta arquitetura deve permitir a visualização das montanhas ao fundo. Ela também deve desenhar espaços coletivos por debaixo dos prédios, que podem ser elevados em pilotis (nome dado ao piso térreo sem paredes, somente com colunas), gerando permeabilidade com pátios internos ou na frente dos prédios, que podem ser estar recuados além dos limites que se limitam com a rua geral. Este espaço de recuo pode ser utilizado para deques, jardins e outras utilizações públicas.


Foram dados, entre outros, os seguintes encaminhamentos a pedido dos presentes:


- Suspensão, pela Prefeitura, a partir de 18 de outubro do corrente, de todos os alvarás até a aprovação do Plano Diretor;

- Fala na tribuna, pelos dois vereadores presentes da Audiência Pública do Rio Tavares, ou seja, Lino Peres e Vanderlei Faria (Lela), pedindo apoio de outros vereadores para reforçar o encaminhamento de suspensão dos alvarás da construção civil, e, ainda, comunicando-os que estará indo contra a vontade da comunidade aquele vereador que defender qualquer posicionamento contrário à suspensão, ou, ainda, alteração no Plano Diretor que permita mais de dois pavimentos;

- Que seja encaminhado à CPI dos Alvarás o caso do morador da frente, e de outro, ao lado do prédio, que não conseguiram liberação ao passar por fiscalização muito mais rigorosa do que a concedida ao prédio em discussão;

- Que a Prefeitura declare formalmente, via procuradoria do município, seu posicionamento em relação às diretrizes previstas no art. 2º do Estatuto da Cidade, enquanto dispositivos que devem nortear a concessão dos alvarás de construção, e não apenas as leis municipais. Sustentou-se que, se as leis de zoneamento e as leis de obras e edificações dão margens a consequências como distorções no crescimento urbano, poluição e degradação ambiental, elas estão em desacordo com diretrizes de lei federal que baliza a política urbana nos municípios brasileiros, e, portanto, têm constitucionalidade questionável.

- Repúdio às autoridades da Prefeitura que não compareceram à audiência pública para ouvir os presentes e responder aos seus questionamentos, bem como ao vereador Ed – também autor do requerimento, mas que não compareceu à Audiência.

- Que o secretário Dalmo Vieira explique por que hoje tem o poder de propor alteração de zoneamento via plano diretor, de maneira a evitar prédios como o que foi liberado no Rio Tavares, mas antes nada fez para já alterar o zoneamento. (Rosane Berti MTb. 7926/Assessoria de Comunicação do Mandato)


segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Nota de repúdio do vereador Lino Peres a declarações da Prefeitura Municipal de Florianópolis

Diante da notícia veiculada na mídia local, a partir de texto produzido e encaminhado pela Secretaria Municipal de Comunicação da Prefeitura de Florianópolis e na qual o vereador Lino Peres é acusado, de forma inverídica e leviana, de incentivar ocupações e estimular a construção de residências em áreas de risco e de preservação, o vereador vem a público declarar que:
1) Nunca incentivou ocupações dessa natureza. Ao contrário, defende historicamente, como professor, pesquisador e cidadão, o direito à moradia digna e em áreas qualificadas da cidade;
2) A sua intervenção, no caso da referida ocupação, como está explícito nas duas notícias abaixo, cujos links foram extraídos do blog do mandato, foi no sentido de promover uma intermediação, nas dependências da própria Prefeitura e da Câmara de Vereadores de Florianópolis, nas quais, depois das manifestações dos moradores e dos representantes da Prefeitura, acordou-se que as ocupações ou expansão de casas cessariam na área de risco mencionada com as seguintes condições:
a) que a FLORAM, através da Guarda Municipal, cessasse as demolições das casas no local referido; 
b) far-se-ia a cadastramento das famílias no local para efeitos de atendimento futuro da demanda habitacional;
c) a Secretaria de Assistência Social visitaria a área para acompanhar as famílias em suas necessidades;
d) que o vereador Lino Peres, como professor da UFSC, se dispusesse a contatar a Reitoria desta Universidade para verificar a possibilidade de relocalização das famílias em questão para o terreno da UFSC que colinda com o lado leste da Serrinha.
Logo depois, o vereador contatou a Reitoria, a qual lhe informou que a área da UFSC é alvo de litígio por abrigar 60 famílias que estão sendo acionadas pela Advocacia Geral da União e assim não poderia abrigar estas novas famílias referidas.  Com esta manifestação da Reitoria, através de sua Chefia de Gabinete, o vereador informou ao Secretário da Habitação e Saneamento Ambiental, Rafael Hahne, da impossibilidade de relocar as 17 famílias no local mencionado. Sendo assim, a questão voltaria ao âmbito da prefeitura para a solução deste problema social.
Em face dos fatos expostos, fica claro que o vereador Lino Peres, em vez de incentivar as pessoas a promoverem as ocupações, como afirma a prefeitura, buscou contribuir para dar solução a um conflito social e habitacional que é obrigação constitucional da prefeitura resolver. Além disso, há anos, como professor universitário, ele pesquisa e orienta trabalhos acadêmicos e ações concretas voltadas à preservação ambiental em consonância com o direito à moradia, como estabelecem as Leis 369/2007 e 11.977/2009.
Infelizmente, as sucessivas administrações municipais de Florianópolis, há décadas, não tem se empenhado em zelar pela preservação, através de adequada fiscalização, e, ao mesmo tempo, implementar uma política habitacional não-excludente e sustentável. Se assim fosse, a nossa cidade não estaria sofrendo os dilemas que hoje enfrenta nestas áreas de conflito. Basta lembrar os recentes e bem-sucedidos exemplos política habitacional adequada de Medellín, na Colômbia, e de Diadema em São Paulo.
Nesse sentido, cabe destacar, ainda, a forma como o poder público está tratando o caso das famílias na Serrinha, que foram tiradas do local há três meses, sem o menor respeito a direitos humanos elementares, revelando tratamento discriminatório. A própria nota enviada na sexta-feira à imprensa, na qual o vereador Lino Peres é acusado, cita o fato de serem em “grande maioria oriunda de outros estados”, o que mostra uma postura xenófoba, mesmo porque parte expressiva das populações que vivem nos bairros de baixa, média e alta renda na Capital é oriunda de outras cidades de Santa Catarina e de outros estados.
Em face desses fatos, o vereador Lino Peres exige, portanto, que a Prefeitura Municipal de Florianópolis prove a acusação formulada na nota, de incitação de ocupações na área em questão ou em qualquer outra área ou de suposta “postura irresponsável” deste vereador. Em um Estado Democrático de Direito, o ônus da prova é de quem acusa.
Também repudia veementemente a postura da coordenação da Secretaria Municipal de Comunicação da Prefeitura, que divulgou a notícia aos órgãos de imprensa sem ouvir o vereador e, ao ser procurada pela Assessoria de Comunicação do Gabinete para esclarecimentos, desligou o telefone, atitude incompatível com profissionais à frente de um órgão público.
Vereador Lino Peres
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sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Reunião com moradores da Serrinha, representantes da Ocupação Palmares, resulta em decisão temporária para atender famílias

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Moradores da Serrinha exigem posição da FLORAM


sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Lotação de cemitérios é tema de Audiência Pública na Câmara


A lotação dos cemitérios de Florianópolis, pauta da Audiência Pública que aconteceu na tarde desta quinta-feira, 17 de outubro, no Plenarinho da Câmara de Vereadores, foi acompanhada pela assessoria de gabinete do vereador Lino Peres. O município atualmente dispõe de 13 cemitérios e a maioria deles está lotada. O fato levou à discussão solicitada pelos vereadores Roberto Katumi Oda e Marcos Aurélio Espíndola. O vereador Lino Peres avalia que os encaminhamentos foram importantes e devem ser concretizados, destacando-se em especial a questão ambiental, e nesse sentido é necessário um estudo urgente para avaliar a situação do subsolo nos cemitérios e em seu entorno no que se refere à contaminação do lençol freático. O vereador ainda ressaltou que o tema tem relação com o Plano Diretor porque é preciso avaliar bem a localização dos cemitérios em seus aspectos simbólico, de topografia, qualidade de subsolo, além de aspectos relacionados ao impacto de vizinhança.

Entre os encaminhamentos estão:
- verificar como esse problema está sendo inserido no Plano Diretor de Florianópolis;
- a solicitação de um crematório público para resolver a questão da superlotação;
- buscar soluções para evitar a contaminação do lençol freático;
- pensar soluções para a lotação pensando para um futuro além de cinco anos;
- encaminhar ao Executivo relatório sobre o que não está funcionando e buscar modelos que funcionem adequadamente em outros municípios para buscar adaptar em Florianópolis. (Assessoria de Comunicação/Rosane Berti MTB. 7926)

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Carta aberta ao secretário Dalmo Vieira Filho questiona processo que envolve o debate do anteprojeto do Plano Diretor

Leia a carta aberta à população enviada ao secretário municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano de Florianópolis, Dalmo Vieira Filho, sobre o processo que envolve o debate do anteprojeto do Plano Diretor. Assinam o documento: Manoel Arriaga Andrade - Arquiteto e urbanista, integrante do Núcleo Gestor do PDP; Lino Fernando Bragança Peres – Arquiteto, urbanista, professor da UFSC e vereador por Florianópolis; Paulo Borges Rizzo – Arquiteto, urbanista e professor universitário da UFSC; Loureci Ribeiro – Arquiteto e urbanista; Elisa Jorge da Silva – Arquiteta e paisagista, assessora na CMF; Cid Neto – Condutor Ambiental e Cultural Local da Ilha de Santa Catarina – Florianópolis.

(Carta aberta à população)

Ao Secretário do Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis
Sr. Arq. Dalmo Vieira Filho.

Sr. Secretário,

Cumprimentando-o respeitosamente, vimos, por meio desta, manifestar nossa grande surpresa pelo conteúdo de sua carta encaminhada aos membros do Núcleo Gestor do Plano Diretor Participativo de Florianópolis.

Queremos acreditar que sua assinatura, neste documento, deve-se muito mais a um mando hierárquico na administração municipal do que à sua carreira dedicada durante longos anos à preservação do patrimônio histórico nacional, tais as distorções político-ideológicas, tal o desconhecimento da importância do processo democrático para as definições urbanísticas, tais incompreensões e desconsiderações sobre o papel desta instituição municipal que é o Núcleo Gestor do Plano Diretor e ainda, tal é o desrespeito às legislações constitucionais brasileiras.

Na condição de integrantes do Núcleo Gestor e de entidades da sociedade civil, não poderíamos deixar de nos manifestar diante de tanta distorção desta carta-decisão que V.Sa. nos remete e sobre a qual vimos tecer alguns comentários:

a.    Ainda que o tratamento utilizado na vossa carta venha recheado de respeitosas palavras, como mandam as boas maneiras da política de bons relacionamentos, entendemos que prevalece a clara intenção de marcar uma posição autoritária e até mesmo desmerecedora para com a legítima representação popular da cidade.

b.    Afirma que, por necessidade de cumprir atribuições da gestão municipal, “assume” diretamente a apresentação do “novo projeto” do Plano Diretor. Ora, quem delegou esta função? Certamente não foi a população da cidade, pois esta, em legítimas Audiências Públicas de acordo com a Lei Federal 10.257/2001 do Estatuto das Cidades, agora desrespeitadas, elegeu sim representantes em cada Distrito e em Assembleias de categorias e entidades civis, para exatamente poder estar presente, participante e fazer valer, através da Coordenação Compartilhada com o Executivo Municipal, os interesses coletivos da sociedade no Plano Diretor, em defesa das diretrizes urbanísticas  comunitárias para a cidade que tanto custaram a serem democraticamente definidas e que formam um cabedal de leitura da cidade inestimável.

c.    Menciona a decisão de realizar um “inédito calendário” onde em 40 reuniões Distritais (sic - sabe-se que o município possui apenas 13 Distritos) além de “um número equivalente de reuniões técnicas com aproximadamente duas dezenas das entidades públicas e privadas representativas de todas as regiões e categorias sociais da cidade, além de cinco Oficinas Técnicas Regionais (Centro, Continente, Norte, Sul e Leste)” e pretende dar conta de todas as tarefas de discussão e deliberação do Anteprojeto do PD. Note-se que a estas 40 reuniões, somam-se ainda “cinco oficinas temáticas que envolverão profissionais que atuam com o plano: meio ambiente, áreas de interesse social, mobilidade, patrimônio cultural e operações urbanas”. Tudo isto, em apenas 20 dias, sem contar que “todo o processo culminará com a realização da II Conferência da Cidade, cujo fecho terá o formato de Audiência Pública”. Ora, Sr. Secretário,  mesmo os mais entusiasmados integrantes e defensores desta política na sua gestão municipal, sabem da impossibilidade de obtermos uma proposta de Plano Diretor, com um mínimo de preparação e debate com a sociedade e com um mínimo de seriedade sob o ponto de vista do respeito à legislação, do respeito à participação geral da sociedade, da consideração com as diretrizes populares, e até mesmo dos bons e conhecidos métodos acadêmicos do qual V.Sa. é bem familiarizado, por seus anos de passagem pela área docente.

d.    Está dito também, que o município “contratará quatro profissionais de renome nacional e internacional para consultoria em áreas específicas do Plano”. Desculpe-me o sr. Secretário,  mas, com esta medida, a sua própria categoria profissional, representada por entidades com uma história de lutas importantes, como o IAB-SC, o CAU-SC e outras, estão sendo preteridas, diminuídas neste processo, sem poder contribuir de forma equilibrada e participativa naquilo que é de suas atribuições profissionais. Há inclusive representação destes órgãos no Núcleo Gestor do Plano Diretor, como é o IAB-SC, os quais estão sendo cassados por esta “nova” política urbana de seu governo.

e.    Na finalização de sua carta, muito elegantemente, V. Sa. faz referência ao Núcleo Gestor com estas palavras: “em consideração aos serviços comunitários realizados pelos membros do Núcleo Gestor, e reconhecendo a condição de líderes distritais de seus componentes, fica expressa a disposição de manter o tratamento especial que continuarão merecendo no processo, ficando a equipe técnica permanentemente à disposição para consultas, sugestões e agendamento de reunião comunitária em seus bairros e entidades”. Diante de tão solícitas palavras, só nos resta agradecer estas dedicadas deferências, mas é mister colocá-lo a par sobre papel dos integrantes do Núcleo Gestor, que não é composto somente de “líderes distritais”, “prestadores de serviços”, mas de representantes de todas as categorias e camadas sociais da cidade de Florianópolis e que foram eleitos democraticamente por seus pares, em audiências públicas e assembleias de entidades em respeito à Resolução 25/2005 do Conselho Nacional das Cidades, que diz em seu Art. 4º, §1º:

 “A coordenação do processo participativo de elaboração do Plano Diretor deve ser compartilhada, por meio da efetiva participação de poder público e da sociedade civil, em todas as etapas do processo, desde a elaboração até a definição dos mecanismos para a tomada de decisões”.

Por isso, prezado sr. Secretário, pensamos que todos, trabalhadores, munícipes, profissionais, militantes sociais e porque não dizer também, empresários, mereceriam de sua equipe e principalmente de vossa pessoa, o entendimento e a consideração de que não está se tratando de pessoas descartáveis através de um simples e simpático aceno de acolhimento técnico, sem que isto tenha suas implicações sociais, políticas e legais.

f.     A história política deste país ainda está muito presente na memória de sua população, apesar de ter se passado uma geração inteira. Esta memória não está somente naqueles que diretamente foram presos e torturados ou dos familiares dos assassinados, mas da grande maioria dos brasileiros que, de alguma forma, já ouviram falar dos tempos de ditadura militar, onde os direitos civis da sociedade foram, autoritária e sumariamente, suspensos. Semelhantemente, o texto de Vossa carta aos membros do Núcleo Gestor é bastante explicito quando declara que o Governo municipal, “com o único intuito de cumprir compromissos públicos, passa a assumir diretamente” a apresentação do novo Plano Diretor. Antes, suspenderam-se os direitos civis da sociedade com o fechamento do Congresso Nacional, hoje, cancelam-se os direitos populares, suspendendo as funções precípuas do Núcleo Gestor. Antes, com o “único intuito” de impedir que os “comunistas” chegassem ao poder, num ato institucional, o AI5, fechou-se o Congresso e cometeram-se as maiores barbaridades. Agora, com o “único intuito de cumprir compromissos públicos”, compromissos estes pouco confessáveis, desconsidera-se esta instituição pública municipal e coloca-se em risco toda uma geração de habitantes da cidade.

g.     Gostaríamos de lembrá-lo também que as atividades do Núcleo Gestor já tiveram tratamentos semelhantes por parte de outros governos, não sendo por isso de total ineditismo deste governo Cesar Souza tomar estas posições sobre o PDP. Este fato nos remete a lembrá-lo que sua gestão à frente do IPUF esteve, desde o fim do ano de 2012 e início do presente ano, sendo sistematicamente lembrado, pelos integrantes do Núcleo Gestor, da história, das responsabilidades sociais, da urgência para encaminhamento do Anteprojeto de Lei, da necessidade de cumprir o Regimento Interno, da necessidade de disponibilizar os mapas relativos aos condicionantes ambientais, dos mapas relativos ao macro e micro zoneamento, do plano de mobilidade, da obrigatoriedade das audiências públicas distritais, não tendo sido dadas quaisquer destas respostas até o mês de setembro deste ano, a não ser as convenientes respostas evasivas. Porem é do seu conhecimento o que diz o § 4o e seus incisos II e III do Art.40 do Estatuto das Cidades:

             “No processo de elaboração do plano diretor e na fiscalização de sua implementação, os Poderes Legislativo e Executivo municipais garantirão: 
       II –    a publicidade quanto aos documentos e informações produzidos;
      III –    o acesso de qualquer interessado aos documentos e informações produzidos.”

h.    Assinalamos que sempre denunciamos também o sucateamento do IPUF e a necessidade de contratação de novos técnicos, para recuperação deste órgão o qual entendemos ser fundamental para o desenvolvimento urbano de Florianópolis e de toda a região metropolitana. Portanto, se agora, pretende encaminhar o Anteprojeto de Lei do Plano Diretor à Câmara de Vereadores desta forma atabalhoada, atropelando o processo de deliberação democrática, a responsabilidade cabe, exclusivamente, aos senhores administradores municipais.

i.      Como finalização desta resposta à sua carta, entendemos ser necessário disponibilizar à sociedade, gostaríamos de acrescentar que, pelo que temos observado nas reuniões nos bairros e regiões distritais – convocadas sem critérios, sem antecedência, sem secretarias,  sem pauta, sem preparativos, sem material - as equipes contratadas pelo IPUF não têm experiência e formação na área do planejamento urbano participativo para assumir tão pesada e importante atividade institucional de responder pela elaboração do Plano Diretor. Nestas reuniões os técnicos são inquiridos em diversas questões que ficam sem respostas, pois afirmam que irão remete-las para seus superiores ou reuniões posteriores, demonstrando uma insuficiente capacitação que poderia ter sido disponibilizada pelo IPUF. Lembramos, por sinal, que o Ministério das Cidades, desde 2007, vem promovendo diversos cursos de formação para preparar equipes técnicas como requisito indispensável para condução de planos diretores participativos. Perguntamos: estas equipes, contratadas sem concurso público, tiveram formação prévia para assumir tão importante atividade?

Enfim, prezado Secretário, temos certeza que o caminho escolhido por V. Sa., nesta triste mensagem da carta que oferece ao Núcleo Gestor do Plano Diretor Participativo e à população florianopolitana, possui até seus benefícios pois vai  deixando claro aos olhos dos homens, quem é quem nesta seara. Como se diz popularmente, há muita madeira bruta sob o pelego de lã.

Atenciosamente,

Manoel Arriaga Andrade - Arquiteto e urbanista, integrante do Núcleo Gestor do PDP
Lino Bragança Peres – Arquiteto, urbanista, professor da UFSC e vereador por Florianópolis
Paulo Borges Rizzo – Arquiteto, urbanista e professor universitário da UFSC
Loureci Ribeiro – Arquiteto e urbanista
Elisa Jorge da Silva – Arquiteta e paisagista, assessora na CMF
Cid Neto – Condutor Ambiental e Cultural Local da Ilha de Santa Catarina – Florianópolis

Sintraturb organiza seminário sobre o transporte em Florianópolis

O Sintraturb vai realizar no próximo sábado, dia 19, o seminário “O Futuro do Transporte em Florianópolis”. O objetivo do encontro, que vai reunir movimentos sociais, sindicatos e comunidade em geral, é fazer o que a Prefeitura não vem fazendo: debater a fundo o modelo de transporte que desejamos. O seminário será das 9 às 17h30, no auditório do Sinjusc (Avenida Mauro Ramos, 448, Centro). O vereador Lino Peres, que será um dos palestrantes, ressalta a importância da participação das comunidades nessa atividade, porque, assim como no caso do Plano Diretor, o debate sobre o transporte, nesse momento, irá definir o futuro da cidade.
Confira abaixo os temas e os palestrantes do encontro.

Temas:
-Monopólio, Estatuto das Cidades e mobilidade urbana
Com Afrânio Boppré, vereador do PSOL em Florianópolis
-Bilhetagem eletrônica
Werner Kraus Júnior, chefe do departamento de automação da UFSC
-Logística e Ocupação do Solo
Lino Peres, vereador do PT em Florianópolis
-Aspectos legais da licitação do Transporte

Márcio Harger e Rafael Poletto

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Ato na Prefeitura exige verdadeira participação na elaboração do Plano Diretor






Representantes de diversas comunidades de Florianópolis compareceram na tarde desta terça-feira, 15, em frente à Prefeitura, para protestar contra a falta de uma verdadeira participação na elaboração do Plano Diretor e para que a Prefeitura prorrogue a data de envio do anteprojeto do PD ao Legislativo municipal, prevista para o próximo dia 18.

O Executivo deixou de lado o Núcleo Gestor Participativo, que trabalhou junto à população do município desde 2006, com base na determinação legal Resolução 25 do Conselho Nacional das Cidades, de que a coordenação do processo participativo para a definição do Plano Diretor deve ser compartilhada.

Agora, a participação popular está restrita a reuniões e oficinas com baixa presença de moradores e nas quais há falta de esclarecimentos precisos por parte da Prefeitura. Em mais uma atitude arbitrária, o prefeito disse que encaminhará o PD à Câmara Municipal nesta quinta-feira.

As manifestações dos participantes do Ato ao microfone, pedindo que o prefeito considerasse a prorrogação de entrega do anteprojeto do PD por mais tempo, não sensibilizaram Cesar Souza. Ele não saiu de seu gabinete para falar com os manifestantes.

Ao final dos protestos na frente da prefeitura, as lideranças comunitárias e moradores seguiram para a Câmara Municipal e ocuparam o Plenário com faixas. Enquanto isso, um artista de rua, com microfone, chamou a atenção das pessoas em frente à Câmara, destacando a importância de atividades culturais, da preservação ambiental e de melhoria na mobilidade do município, que tem características peculiares, diferentes de outros no país.

O vereador Lino Peres falou no Ato, destacando o urgente adiamento da entrega do anteprojeto do Plano Diretor para pelo menos um mês, fundamental para que a sociedade organizada, principalmente os distritos e bairros, possa concluir suas propostas a serem incluídas no anteprojeto. Assinalou, também, que a Conferência Municipal, marcada para esta quinta-feira, dia 17/10, é prematura, e deve ser deliberativa em caráter de Audiência Pública Municipal.

O anteprojeto do PD da prefeitura não está acabado e completo, faltando informações essenciais para o entendimento do plano e com falta de mapas e diagnóstico das condições ambientais ou capacidade de suporte, como áreas de risco de alagamento e deslizamentos, existência de vegetação, etc, e de infraestrutura de saneamento e rede viária adequada.

Caso a prefeitura não atenda a estas demandas mínimas, estará fazendo um desserviço à população de Florianópolis, ferindo os princípios do Estatuto da Cidade e da democracia participativa, e colocando em risco o futuro da nossa cidade. Cumprir promessa de campanha para o eleitorado com pressa injustificada de entregar o anteprojeto do Plano Diretor à Câmara Municipal afronta exatamente este objetivo, pois é esta população votante e outras que querem participar da elaboração final do Plano Diretor, sendo estão feridas na demanda por uma cidade melhor.  (Rosane Berti MTb. 7926/Assessoria de Comunicação do Mandato )
Assista aos depoimentos de representantes de comunidades e do vereador Lino Peres em:

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Ato contra a privatização do petróleo brasileiro será na quinta, 17, às 16 horas, no Ticen



RITMO DA PREFEITURA PARA ANTEPROJETO DO PLANO DIRETOR CONSEGUE DESAGRADAR TODOS OS SEGMENTOS

A forma como a Prefeitura vem conduzindo a discussão do Plano Diretor está conseguindo desagradar todos os segmentos organizados da sociedade. Isso ficou claro na reunião organizada pela Associação FloripAmanhã na Câmara de Dirigentes Lojistas de Florianópolis (CDL) nesta segunda-feira, dia 14.

Assim como os representantes dos distritos e das organizações sociais e ambientalistas (em boa parte reunidos na Bancada Popular do Plano Diretor Participativo) vinham denunciando há semanas, também o setor empresarial mostrou-se preocupado e insatisfeito com o cronograma, a metodologia e o conteúdo da proposta da Prefeitura. Um dos grandes problemas é a apresentação incompleta de dados que são fundamentais para compreender e, com base nisso, contribuir-se para o aperfeiçoamento do anteprojeto.

FALTA INFORMAÇÃO

O afastamento, por parte da Prefeitura, do Núcleo Gestor Participativo do Plano Diretor impossibilita que novas contribuições sejam incorporadas. As atuais oficinas nos distritos têm pouca representatividade, porque era no âmbito do Núcleo que as comunidades se articulavam. É absurdo que reuniões dessa importância sejam chamadas, nos distritos e bairros, praticamente no mesmo dia em que acontecem. A prévia divulgação no site da Prefeitura é insuficiente do ponto de vista de mobilização das comunidades. Até agora não apareceu um Plano de Mídia decente e à altura do que representa esse debate.

Além disso, as reuniões e oficinas são mal-instruídas. Não há orientação técnica adequada, as informações e dados técnicos são insuficientes, os mapas são incompletos e muitas dúvidas levantadas pelas comunidades não são esclarecidas. O conjunto dessas dificuldades tem exigido mais reuniões, e o cronograma estabelecido impede esse amadurecimento.

AUDIÊNCIAS ATROPELADAS

Apesar de o Núcleo Gestor ter votado, por ampla maioria, a realização de Audiências Públicas Distritais nas quais seriam aprovadas propostas de macro e micro-zoneamento por região e por distrito, essas Audiências foram atropeladas e nem as Audiências Públicas Regionais, inicialmente propostas pela Prefeitura, foram implementadas. O Executivo insiste, assim, em fazer apenas uma Conferência Municipal e em um único período AINDA NESTA SEMANA (dia 17).

Até agora sequer ficou claro como serão contempladas as propostas que estão aparecendo nas reuniões e oficinas. Há uma insegurança muito grande nas comunidades, porque a Prefeitura não explica se o resultado da discussão será ou não garantido no anteprojeto. Pior do que isso, se não for, por qual critério propostas deixarão de constar no texto.

Uma novidade nesta semana é a preocupação de vários setores com relação a questões de caráter jurídico e técnico. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) apresentou 11 recomendações ao Plano Diretor da Capital (ver em http://www.oab-sc.org.br/noticia/8482). Arquitetos também estão criticando a ausência, no Anteprojeto, de contribuições que estes e outros profissionais vêm apresentando ao projeto nos últimos anos.
Pela proposta da Prefeitura, o Conselho da Cidade, com está proposto, com 100 membros indicados pelo prefeito – e não pelas comunidades, como ocorre nas cidades que fizeram ou revisaram seu Plano Diretor - não irá permitir que a população de Florianópolis de fato conduza de forma efetiva o futuro da Capital catarinense.

IMPRECISÕES PODEM ATRASAR PROCESSO

A prefeitura também apresentou o anteprojeto aos vereadores nesta segunda-feira, dia 14, e igualmente ficou claro que há muitas dúvidas, somente em parte esclarecidas pelo Secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano.

Foram identificadas muitas falhas legais em vários artigos do anteprojeto do Plano Diretor, principalmente no que tange à questão ambiental. Ora, como podemos permitir que uma ilha, com ecossistema tão frágil, possa ter problemas na lei que protegerá seu patrimônio natural? Estas ditas falhas servirão a quem? Sabemos, pelo histórico urbano da cidade, que servirão ao capital imobiliário.

Na pressa de entregar o anteprojeto na Câmara e garantir promessa de campanha, o prefeito Cesar Souza dará um tiro no pé. Está desagradando o movimento social e ambiental, o setor empresarial e o setor técnico. Da forma como o prefeito age, ele abre espaço para o que diz não querer: um anteprojeto impreciso, mal-acabado e que corre o risco, por suas imperfeições, de ficar travado por um período indeterminado no Legislativo.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Ato dos Profissionais de Educação denuncia TCE-SC






Um Ato Público dos Trabalhadores da Educação no Estado de Santa Catarina reuniu manifestantes, na quarta-feira, 09 de outubro, às 15h, na Praça Tancredo Neves. A categoria reivindica principalmente o cumprimento do acordo do fim da greve de 2011, com pagamento integral do Piso Salarial Nacional, 1/3 de hora/atividade, a recomposição da tabela salarial, achatada com o golpe do governo à educação em 2011, e concurso público para todas as áreas. É o que se espera para este 15 de outubro, Dia do Professor.


Um dos pontos fortes do ato público foi a denúncia de conivência do Tribunal de Contas do Estado com os desmandos do Governo Colombo. Em 2011, ao final da greve, quando se esperava o cumprimento dos acordos feitos à categoria através da direção do SINTE-SC, o governo Colombo optou por manipular os dados, incluindo novamente pagamento de inativos para chegar ao comprometimento do estado com a educação, de 26,57%, quando na verdade aplicou apenas 22,35%. O resultado foi um desvios de R$ 1,25 bilhões da pasta da educação no estado.

Início da campanha salarial em Santa Catarina, a mobilização chama a atenção para a descaracterização da implantação do Piso Salarial Nacional por diversos governadores. No Rio de Janeiro, por exemplo, a greve, coordenada pelo Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (SEPE) daquele estado, visa garantir a implantação integral do piso como garantia da dignidade dos profissionais da área.

Em Santa Catarina, a categoria entende que o maior presente seria seu governante pagar salários dignos aos seus profissionais, o direito de trabalharem em espaço seguro ao desenvolvimento da prática educacional, a formação continuada, concurso público para os profissionais responsáveis por formações futuras de qualquer cidadão/ã, e educação de qualidade à sociedade.

Atualmente, ao contrário do que deveríamos, temos governos alinhados aos projetos de sustentação do modelo de produção, com base na exploração. Assim sendo, quanto menos informação melhor para dominar as classes. Nesta visão, estamos alijando das gerações o direito da educação pública de qualidade, tanto no âmbito do ensino fundamental, como do médio ou superior.

Quem sabe no dia 15 de outubro, Dia do Professor, o governo do estado terá algo de positivo a dizer a esses profissionais, como: Parabéns por trabalhar em escolas sem bibliotecas, sem quadras de esportes, sem áreas de lazer, sem salas operacionais. Parabéns por ser a maior categoria do estado com doenças comportamentais (stress, depressão) fruto da sobre carga pelos baixos salários, pelas múltiplas violências vividas.

O que resta à categoria é a luta, mas não é possível lutar e protestar, porque a polícia é chamada para impedir, à força, o que as manifestações querem evidenciar. Ainda assim, os professores lutarão, pois é esse o exemplo a deixar para quem recebe o conhecimento, o aprendizado. Os professores estaduais de Santa Catarina e o gabinete do vereador Lino Peres apoiam os profissionais da Educação do Rio de Janeiro também pela coragem, determinação e persistência. (Assessoria de Comunicação do Mandato/Rosane Berti MTb. 7926)