segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

CARTA ABERTA À CIDADE - Um posicionamento a respeito da Câmara Municipal de Florianópolis

CARTA ABERTA À CIDADE
Um posicionamento a respeito da Câmara Municipal de Florianópolis


Queremos inicialmente ressaltar a inédita renovação de 70% da composição da Câmara Municipal de Florianópolis, o que representa a vontade da população de dar outro rumo para a Capital catarinense. Defendemos que esta vontade manifestada nas urnas seja, de fato, considerada pelos vereadores através de uma prática política diferente da atual, qualificada e que atenda às necessidades de nossa cidade. Ou seja, uma efetiva renovação voltada para a urgente pauta das reformas sociais, em particular da reforma urbana pela qual a cidade clama e anseia, como a dramática situação dos transportes e da mobilidade urbana, saneamento básico e a carência de moradia. A capital precisa alcançar índices de qualidade sustentáveis na área da saúde, educação, lazer, cultura, assim como ampliar significativamente os parques públicos e defender os já existentes, e preservar o patrimônio ambiental, cultural e arquitetônico.

Os partidos e coligações que representamos obtiveram 40% dos votos válidos para prefeito nas últimas eleições. A porcentagem não equivale ao número de vereadores desses partidos e coligações que foram eleitos para a Câmara, mas o fato é que constituímos três forças de oposição, com outras coligadas, que disputaram o primeiro turno.

Temos o entendimento de que, na democracia representativa, é fundamental a existência de oposição para garantir a pluralidade de ideias, projetos e fortalecer a vigilância do Executivo. Por isso, manifestamo-nos publicamente por uma postura de independência política e parlamentar. Nossa proposta no Legislativo considera os projetos de defesa da cidade, de sua sustentabilidade socioambiental, as demandas dos movimentos sociais e comunitários e se alimenta do pensamento crítico que há anos acumulamos e que em muitos aspectos se diferencia do discurso e, especialmente, da prática que há décadas é hegemônica na Câmara de Vereadores da Capital.

Portanto, afirmamos que a Câmara Municipal de Florianópolis, para exercer a legítima representação popular e ampliar as instâncias de debate e elaboração de projetos, deve:

1) Adotar como princípio a sua plena independência e autonomia frente aos demais poderes e aos grupos econômicos;

2)     Efetivar uma Reforma Democratizante do Regimento Interno da Câmara de Vereadores de modo a reestruturar e fortalecer o funcionamento de suas instâncias, regulamentar e valorizar as Audiências Públicas e permitir que todos os vereadores, e não somente os membros das Comissões, analisem e emitam parecer sobre matérias que tenham relevante impacto social, ambiental e urbano na cidade;

3)     Implementar o Defeso para toda a cidade, isto é, sem mudança de zoneamento e licenciamentos até que seja aprovado e homologado o Plano Diretor debatido e deliberado nas Audiências Públicas nos bairros, distritos e em diferentes segmentos da sociedade, sob a coordenação do Núcleo Gestor Municipal do Plano Diretor Participativo;

4)     Referendar as propostas oriundas das Audiências Públicas e elaboradas no âmbito das discussões do Plano Diretor Participativo;

5)     Neste sentido, a Câmara deve reestruturar-se na sua forma de funcionamento (Comissões, Audiências Públicas e Plenário) para debater de forma ampla e transparente o Projeto de Lei do Plano Diretor Participativo que venha do Núcleo Gestor Municipal do Plano Diretor Participativo referendado pelo Executivo Municipal;

6)     Democratizar a elaboração orçamentária por bairros, temas e setores e coibir o remanejamento orçamentário por parte do Executivo municipal;

7)     Atuar firmemente contra a corrupção e a favor da transparência administrativa;

8)     Reestruturar as atuais Comissões da Câmara Municipal para atender de forma mais adequada às necessidades sociais e urbanas da Capital e garantir que a composição das Comissões se baseie em critérios técnicos condizentes com a finalidade que lhes é atribuída;

Deixamos claro que o grupo que constituímos tentou, de forma transparente e fraterna, reunir vereadores para constituir uma maioria parlamentar e assim compor a Presidência e Mesa Diretora da Câmara, mas não foi possível viabilizar a iniciativa.

O grupo também buscou e continuará buscando dialogar e debater, com todas as forças políticas, projetos que melhorem efetivamente a qualidade de vida da cidade. Esta Carta Aberta busca reafirmar nosso compromisso com todos aqueles que nos elegeram e deixar pública a nossa posição em relação à condução do Poder Legislativo pela Presidência e Mesa Diretora da Câmara Municipal de Florianópolis. 


Assinam:

Afrânio Boppré (PSOL)

Lino Fernando Bragança Peres (PT)

Ricardo Camargo Vieira (PCdoB)

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Cerimônia de Diplomação foi no dia 19

Veja fotos da Cerimônia de Diplomação do Vereador Professor Lino Peres no dia 19/12 no CentroSul, cedidas por Denise Siqueira.
 


 

Atividades do pré-mandato em novembro e dezembro

Acompanhe algumas das atividades do professor Lino Peres entre os meses de novembro e dezembro:

- Reunião com o novo prefeito Cesar Souza e os vereadores eleitos
- Participação no Programa Conversas Cruzadas em debate com vereadores Tiago Silva, Pedro Silvestre e César Faria
- Entrevista na redação do DC sobre as linhas do mandato
- Participação no Programa Conversas Cruzadas sobre mobilidade urbana e plano náutico com o prefeito de Palhoça, Ronério Heiderscheidt
- Acompanhamento da ocupação no José Nitro, em São José
- Reuniões com as lideranças do Maciço do Morro da Cruz sobre os preparativos para as Oficinas do Plano Diretor e avaliação das obras do PAC. Foram feitas visitas no período de março e abril em alguns locais, nos quais verificaram-se problemas de execução das obras, forma das normas técnicas, etc
- Palestras no Seminário sobre Direitos Humanos, promovido pelo CA de Direito da UFSC no auditório do Centro Sócio-Econômico
- Palestras no Seminário sobre Direitos Humanos realizado no SINTESPE
- Festa da Vitória, realizada no dia 30 de novembro
- Reunião ampliada de planejamento estratégico
- Diplomação pelo TRE no dia 14/12 no CentroSul

Vitória da classe trabalhadora na greve da saúde

O professor Lino Peres esteve, no dia 12 de dezembro, no grande ato dos trabalhadores na saúde, em Florianópolis, do qual participaram também representantes de outras categorias. Leia abaixo o resultado da luta, em texto da jornalista Marcela Cornelli.

Servidores da Saúde aprovam proposta do governo e encerram a greve

Na véspera da greve completar dois meses, na tarde do dia 20 de dezembro, o governo estadual apresentou nova proposta aos servidores da saúde em greve, que pediam gratificação de 50% e negociação dos dias parados e salários bloqueados. O governo aceitou o pagamento dos 50% parcelado em três parcelas.

A proposta foi levada para aprovação da categoria em Assembleia realizada no dia 21, às 13h30min, na Praça Tancredo Neves, em frente à Assembleia Legislativa, em Florianópolis e aprovada pelos servidores. A proposta do governo inclui os seguintes itens: Gratificação de 50% do vencimento dos servidores para ativos e inativos a ser paga em abril de 2013 (30%); outubro de 2013 (35%); e abril de 2014 (35%); desbloqueio dos salários de novembro, dezembro, janeiro e do 13º salário; anistia dos dias parados, as faltas dos dias parados não implicarão em processos disciplinares contra os trabalhadores, manutenção da escala de férias e licenças prêmios previamente estabelecias em 2013, os servidores nãos serão transferidos de setor, turno ou unidade, em virtude da greve, e instalação de uma mesa de negociação para tratar das pendências não abordadas na proposta, inclusive os processos judiciais.

Os servidores avaliaram que a greve foi vitoriosa no sentido que barrou o corte da hora plantão, dos sobreaviso e das gratificações. “Não ganhamos nada de graça. A proposta apresentada não veio de graça, foi arrancada à unha por cada servidor em greve”, disse Edileuza Fortuna, uma das Diretoras do SindSaúde.

Os demais encaminhamentos da assembleia serão divulgados posteriormente.

Uma greve que fez toda a diferença

Depois de muita luta, manifestações, denúncias, passeatas e muito esforço dos servidores para as aberturas das negociações. A Greve da saúde será inesquecível. Uniu forças políticas de esquerda a exemplo de sindicatos, centrais sindicais, movimentos sociais, movimento estudantil. Contou com o apoio de grande parte da população que entendeu que a greve só expôs as feridas de um sistema abandonado pelo governo do estado que está sendo privatizado aos poucos através da entrega dos hospitais públicos às Organizações Sociais. Várias vezes os trabalhadores da Saúde com apoio de diversas categorias do movimento sindical, popular e estudantil, sacudiram as ruas do centro da cidade pedindo negociação e em defesa da saúde e do SUS 100% público e em defesa de todos os serviços públicos, como segurança, educação e transporte, que estão sendo delegados em último plano pelo governo Colombo.Sem a greve e a luta os trabalhadores não teriam conquistado nada.

No dia 18 de dezembro os servidores e mais de 30 entidades estiveram na Assembleia Legislativa do Estado exigindo a implantação de uma CPI da Saúde no Estado para apurar as irregularidades nas OSs.

Sem o apoio do movimento sindical, popular e estudantil não teríamos chego até aqui. Por isso, nosso muito obrigado a todos os apoiadores da greve da saúde.

Nosso parabéns a todos os guerreiros e guerreiras da saúde que lutaram até o fim, sem esmorecer.

Que em 2013 a classe trabalhadora continue unidade contra os ataques do capital!

Que a força da unidade seja a maior conquista e o maior aprendizado desta greve!

Nosso muito obrigado a todos.

EM 2013 NOSSA LUTA CONTINUA!

E ESTAREMOS LÁ!

AMANHÃ VAI SER MAIOR!