domingo, 20 de março de 2011

Frente Parlamentar da Pesca e da Aquicultura amplia os debates

A criação de uma Frente Parlamentar da Pesca dominou boa parte dos debates do Grande Expediente das sessões realizadas na segunda e na terça-feira pasadas, na Câmara Municipal de Florianópolis. Proposta a partir de um requerimento do vereador Erádio Manoel Gonçalves (DEM) para solucionar o problema enfrentado pelos pescadores da Costeira do Pirajubaé, a Frente ganhou a adesão dos vereadores, mas as discussões se concentraram na necessidade de ampliá-la, para englobar as demais zonas pesqueiras do município e, também, a maricultura.A Frente Parlamentar da Pesca e da Aquicultura, como preferiu chamá-la o  vereador Lino Peres (PT), deveria ter seu enfoque ampliado para englobar a Ilha e o Continente, para auxiliar os pescadores artesanais que enfrentam a concorrência desleal dos barcos da indústria pesqueira. Para o vereador Marcos Aurélio Espíndola, o Badeko (PPS), mais importante do que a Frente é a criação de uma Secretaria Municipal da Pesca: "Outros municípios menores têm secretarias da pesca, e Florianópolis ainda não", questionou.
O vereador Renato Geske (PR) lembrou que, na Barra da Lagoa, o contingente de pescadores diminui a cada ano. Como uma forma de ajudar a categoria a se defender dos atravessadores e garantir bons preços, Geske sugeriu a criação de Câmaras Frias Municipais nos principais polos pesqueiros, para que os pescadores lá guardassem o produto de seu trabalho.
Geske também alertou para o perigo que representa a importação de uma espécie exótica de ostra, oriunda da França, de forma clandestina. Segundo ele, a maricultura catarinense é responsável por 90% das ostras produzidas no país, e corre o  risco de ficar sem nada caso as doenças trazidas por essa espécie exótica se propaguem.
O vereador Ricardo Vieira (PCdoB) também lembrou que um dos grandes problemas enfrentados pelos pescadores é a classificação que os impede de exercer outra atividade. Já o  vereador Edinon da Rosa, o Dinho (PSB), filho de pescador aposentado, alertou para a proximidade da safra da tainha (dia 1º de maio) e dos conflitos entre pescadores e surfistas, que volta e meia ocorrem: "E como filho de pescador aposentado, lembro do velho dito popular, de que quando o espinheiro floresce, como estamos vendo pela cidade, é sinal de que a tainha vai bombar".
Fonte: CMF

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