quarta-feira, 30 de março de 2011

Audiência Pública discute projeto de construção da terceira pista na Rodovia SC-405

O Vereador Lino Peres participou, nesta quarta-feira, dia 30 de março, da Audiência Pública da Comissão de Viação, Obras Públicas e Urbanismo da Câmara para discutir o projeto de construção da terceira pista na Rodovia SC-405, no Rio Tavares, bem como a proposta de inclusão, no projeto, de obras e equipamentos reivindicados pela comunidade e comerciantes da região. 
Em sua intervenção, Lino destacou os problemas provocados pela concentração de grandes empreendimentos na Capital, observando que o debate sobre o transporte deve estar inserido em uma discussão mais ampla, que englobe todos os aspectos de desenvolvimento da Cidade, da Região Metropolitana e do Estado. "O que está em questão é o modelo concentracionista de investimentos públicos e privados, além do incentivo oficial à produção automobilística e implantação de um sistema centrado em veículos individuis, e não coletivos", disse ele, apontando os fatores que agravam a problemática de mobilidade urbana na Capital e, neste caso, no Trevo da Seta em particular.
No curto prazo, alertou que é necessário unir esforços dos diferentes órgãos públicos envolvidos nos empreendimentos, dos meios acadêmicos, legislativos, para que ouçam as comunidades e tomem providências conjuntas e emergencias, em combinação com soluções estruturais a longo prazo. "Nunca vi uma obra que se propõe a resolver o problema para o qual foi destinada e já na inauguração acelera a doença e gera ainda mais insatisfação e protesto na comunidade atingida", criticou.
Usando uma metáfora médica, Lino destacou que se trata de um "implante de ponte de safena defeituosa (o viaduto sem as obras complementares), o que provocou infarto na mesa da UTI". Há, portanto, que se revisar os procedimentos feitos para que a obra atenda a finalidade para a qual foi construída. Quando isso for feito, é preciso que esse "paciente" seja visto em sua totalidade, a longo prazo, para evitar os sérios problemas de deslocamento vividos agora e que irão aumentar com o passar do tempo e se transferir para outras áreas da Capital e da Região.
É preciso lembrar que esse tipo de problema tem sido recorrente em Florianópolis e alvo de discussão há décadas, o que revela a falta sistemática de planejamento a longo prazo,  a ausência de um projeto público, e não apenas voltado para os grandes grupos econômicos, e a insistência em não ouvir as comunidades atingidas pelas obras. No caso do Trevo da Seta e da questão da mobilidade urbana, perguntou o Vereador, foram ouvidas as comunidades do Ribeirão da Ilha, do Campeche, do Carianos, do Rio Tavares e do Pântano do Sul quando foi formulado o Plano Diretor, cujo processo participativo foi arbitrariamente interrompido pelo Executivo há dois anos? A resposta é óbvia e aparece agora nas más consequências geradas pelo viaduto inacabado.
Haverá uma próxima Audiência na comunidade, no período noturno, com data a ser divulgada.

Fonte: Assessoria de Comunicação do Mandato

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