terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Vereador Lino Peres pede esclarecimentos à Celesc


O presidente da Celesc, Cleverson Siewert, recebeu o vereador Lino Peres e sua assessoria para uma audiência, na tarde de sexta-feira, 25. Gerentes da empresa também estiveram presentes no encontro e prestaram esclarecimentos sobre o vazamento de aproximadamente 12 mil litros de óleo, entre a Tapera e o Ribeirão da Ilha, em novembro. Conforme informações obtidas pelo gabinete, a área do governo do estado seria cedida à Celesc e estaria em trâmite judicial para ser repassada à UFSC, quando ocorreu o vazamento.

De acordo com dados obtidos pela assessoria do vereador, não existe documentação oficial assinada pelas partes sobre a cessão da área para a universidade, mas sim para o governo do estado, embora o próprio governo não apresente esses comprovantes.

A Celesc afirma que está buscando todas as medidas possíveis para solucionar o problema. De acordo com Siewert, foi providenciado um Plano de Recuperação da Área Degradada (PRAD), que levará seis meses para ser concluído. A presidência da Celesc diz não saber se o óleo chegou ao mar e que o produto do vazamento não é Askarel por ter a concentração do PCB - material utilizado nos transformadores - em quantidade bem inferior.

Paralelamente aos trabalhos realizados pelo Ibama a pela Fatma, a Celesc também contratou uma empresa para novas amostragens bioquímicas da água que devem ter o resultado conhecido em cinco dias. “Apesar de todas as informações prestadas pela Celesc, pairam dúvidas sobre o processo de cessão do terreno para a Celesc, que envolve toda a área da subestação e que não foi oficialmente cedida para universidade, mesmo com as tratativas informais entre a empresa e a UFSC.” Outra questão é como a empresa de energia elétrica afirma ter tomado conhecimento do vazamento mais de 45 dias depois do fato ocorrido, se tinha no local a vigilância sob sua responsabilidade.

O vereador lembra que não há documentação oficial assinada pelas partes, incluindo o governo do estado, sobre a cessão do terreno. Outra questão refere-se à falta de esclarecimento quanto ao papel e as responsabilidades dos envolvidos no caso. O gabinete continua avaliando que a guarda da subestação pertence à Celesc, sobre quem recai as responsabilidade, tanto que contratou uma empresa para fazer a vigilância do local.

O gabinete continua fazendo contato com os envolvidos para apurar os fatos e cobrar as responsabilidades a quem couber. Preocupado com a questão ambiental e com as famílias que dependem da cata do berbigão e da pesca artesanal, o vereador Lino Peres, eleito para atuar como fiscalizador das ações implantadas na cidade, continua trabalhando para ajudar a comunidade do Sul da Ilha nos esclarecimentos dos fatos.

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