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Reprodução PMF |
Na sessão desta terça-feira, 4,
na Câmara de Vereadores, foi aprovado o requerimento do vereador Lino Peres
para a realização de uma Audiência Pública com o objetivo de debater o projeto
de implantação de um teleférico em Florianópolis. A solicitação aconteceu no
âmbito da Comissão de Viação, Obras Públicas e Urbanismo, da qual Lino faz
parte. A prefeitura até agora disponibilizou uma apresentação básica da
proposta (em http://www.pmf.sc.gov.br/noticias/index.php?pagina=notpagina¬i=10943),
mas não o projeto, o que já é grave.
Devido à importância de um
projeto desse porte, que será financiado pelo governo federal via Caixa
Econômica Federal e terá um custo próximo de R$ 63 milhões, dentro dos R$ 170
milhões previstos no pacote para obras viárias, o vereador quer a participação
da sociedade na discussão e cita a diretriz nacional da política urbana,
expressa nos termos do inciso II do art. 2.º do Estatuto da Cidade. O Estatuto
diz que a gestão democrática deve acontecer por meio da participação popular e
de associações representativas em diversos segmentos da comunidade na
formulação, execução e acompanhamento de planos, programas e projetos de
desenvolvimento urbano.
Na audiência pública, serão
debatidas questões como: exposição integral do projeto elaborado; perfil dos
usuários; trajeto a ser realizado; fluxo/hora previsto; valor de tarifa
estimado; se projeto estará inserido no Sistema Integrado de Transporte e com
os outros modais vigentes ou futuros; e as formas de contratação dos serviços de
obra e execução do projeto.
O projeto para o financiamento do
teleférico chegou à Câmara no início de outubro, dois dias antes do prazo de
encaminhamento à Caixa Econômica Federal, e foi necessária muita negociação
para que houvesse o compromisso da bancada governista de promover Audiência
Pública. No entanto, outubro passado, por várias vezes, a liderança do governo
na Câmara prometeu encaminhar a Audiência Pública e não o fez, alegando que o projeto
estava sendo providenciado.
O fato é que foi providenciado
financiamento, sem projeto, sendo que esta iniciativa teve origem na
administração de Dário Berger, no apagar das luzes daquela gestão. Somente este
fato já é revelador de como as obras a serem financiadas pelo governo federal
são tratadas e encaminhadas: sem projeto para se garantir o financiamento,
invertendo totalmente a lógica técnica e administrativa de uma gestão municipal
séria.
Esta obra está em um pacote que
inclui outras, como o alargamento das ruas Deputado Antonio Edu Vieira, no
Pantanal, e a Padre Rohr, na Barra do Sambaqui, que terão também financiamento.
É fundamental que a população de Florianópolis participe da Audiência Pública,
conheça os detalhes do projeto e tome posição sobre ele. Prevê-se esta
Audiência Pública para a semana de 24
a 28 de fevereiro.
Sobre a Padre Rohr: o projeto prevê o alargamento da via com trechos variando de 20 a 14 metros. Hoje tem 3,40 nos trechos mais apertados e perto dos 5 metros nos mais largos. Muita gente terá que reconstruir a vida por aqui.
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