segunda-feira, 29 de julho de 2013

Reivindicações do Monte Cristo

No sábado à noite, Lino, com a assessora do gabinete Albertina Silva, a Tina, participaram da posse de Antônio Joel de Paula, o seu Antônio, na presidência da Associação dos Moradores da Novo Horizonte, Monte Cristo, Florianópolis, comunidade que fica próxima à BR 282, nos limites de Florianópolis com São José.
Com seu Antonio, Lino e alunos de Arquitetura e Urbanismo da UFSC fizeram, durante os anos de 2000 a 2003, pesquisas e atividades de extensão porque havia críticas a um projeto da Prefeitura, que previa um traçado viário que cortava a região, retirava o antigo campo de futebol e projetava casas com 42 metros quadrados sem expansão bilateral e sem garagem para carros, o que foi motivo de reclamação generalizada das famílias com mais de quatro pessoas. Foram levantadas as seguintes demandas para a área:
1-Realização urgente de Audiência Pública para tratar da cobrança de água e de IPTU, cujos valores os moradores consideram abusivos;
2-Verificar na Prefeitura de Florianópolis a atual utilização dos galpões, originalmente destinados à reciclagem de lixo;
3-Cobrar da Prefeitura a pauta entregue no evento “Prefeitura no Bairro” e fazer uma revisão do Projeto Habitar Brasil/BID implementado na gestão Amin e abandonado na gestão de Dário Berger;
4-Rever o projeto de Parque Comunitário do Monte Cristo, retomando a área do projeto original, ou garantir os equipamentos previstos naquele projeto na atual área, agora reduzida em 60%.
Avaliou-se que, depois de 13 anos do Projeto Habitar Brasil/BID, chegou a hora de se fazer um balanço deste projeto à luz do que as gestões Ângela Amin e Dário Berger realizaram ou não. Em 2002, seu Antonio, acompanhado de Lino, foi à Brasília denunciar ao BID a forma como foi implantado este projeto, de forma autoritária e sem participação efetiva das comunidades locais. Graças a uma crítica sistemática e vigilância do seu Antonio e algumas lideranças locais, com o apoio da UFSC, conseguiu-se a revisão do projeto das casas projetadas, incluindo-se necessidades dos idosos, pessoas com deficiência e famílias mais numerosas em algumas casas. Esta foi uma experiência de luta das comunidades locais contra o projeto da Prefeitura, demonstrando que é possível a real participação democrática desde a concepção e implementação dos projetos e programas urbanos e habitacionais, como prescreve a Lei 10.257/01, Estatuto da Cidade. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário