Um Ato Público dos Trabalhadores da
Educação no Estado de Santa Catarina reuniu manifestantes, na quarta-feira, 09
de outubro, às 15h, na Praça Tancredo Neves. A categoria reivindica
principalmente o cumprimento do acordo do fim da greve de 2011, com pagamento
integral do Piso Salarial Nacional, 1/3 de hora/atividade, a recomposição da
tabela salarial, achatada com o golpe do governo à educação em 2011, e concurso
público para todas as áreas. É o que se espera para este 15 de outubro, Dia do
Professor.
Um dos pontos fortes do ato público foi a denúncia de conivência do
Tribunal de Contas do Estado com os desmandos do Governo Colombo. Em 2011, ao
final da greve, quando se esperava o cumprimento dos acordos feitos à categoria
através da direção do SINTE-SC, o governo Colombo optou por manipular os dados,
incluindo novamente pagamento de inativos para chegar ao comprometimento do
estado com a educação, de 26,57%, quando na verdade aplicou apenas 22,35%. O
resultado foi um desvios de R$ 1,25 bilhões da pasta da educação no estado.
Início da campanha salarial em Santa Catarina, a mobilização chama a
atenção para a descaracterização da implantação do Piso Salarial Nacional por
diversos governadores. No Rio de Janeiro, por exemplo, a greve, coordenada pelo
Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (SEPE) daquele estado, visa
garantir a implantação integral do piso como garantia da dignidade dos
profissionais da área.
Em Santa Catarina, a categoria entende que o maior presente seria seu
governante pagar salários dignos aos seus profissionais, o direito de
trabalharem em espaço seguro ao desenvolvimento da prática educacional, a
formação continuada, concurso público para os profissionais responsáveis por
formações futuras de qualquer cidadão/ã, e educação de qualidade à sociedade.
Atualmente, ao contrário do que deveríamos, temos governos alinhados aos
projetos de sustentação do modelo de produção, com base na exploração. Assim
sendo, quanto menos informação melhor para dominar as classes. Nesta visão,
estamos alijando das gerações o direito da educação pública de qualidade, tanto
no âmbito do ensino fundamental, como do médio ou superior.
Quem sabe no dia 15 de outubro, Dia do Professor, o governo do estado
terá algo de positivo a dizer a esses profissionais, como: Parabéns por
trabalhar em escolas sem bibliotecas, sem quadras de esportes, sem áreas de
lazer, sem salas operacionais. Parabéns por ser a maior categoria do estado com
doenças comportamentais (stress, depressão) fruto da sobre carga pelos baixos
salários, pelas múltiplas violências vividas.
O que resta à categoria é a luta, mas
não é possível lutar e protestar, porque a polícia é chamada para impedir, à
força, o que as manifestações querem evidenciar. Ainda assim, os professores
lutarão, pois é esse o exemplo a deixar para quem recebe o conhecimento, o
aprendizado. Os professores estaduais de Santa Catarina e o gabinete do vereador
Lino Peres apoiam os profissionais da Educação do Rio de Janeiro também pela
coragem, determinação e persistência. (Assessoria de Comunicação do Mandato/Rosane Berti MTb. 7926)
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