Crédito: Rosane Berti
O vereador Lino Peres participou de reunião na Reitoria da
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), na tarde desta segunda-feira
(18). O objetivo foi estabelecer uma parceria entre a UFSC e a Prefeitura de
Florianópolis, que envolva outras instituições e tenha o apoio do Instituto
Federal de Santa Catarina (IFSC) e da Eletrosul, para tratar sobre a questão
das moradias no Alto Pantanal. Outra reunião já está marcada para a primeira
semana de abril para dar continuidade à discussão sobre o assunto, que envolve
as áreas de risco e a população de baixa renda residente naquela localidade.
Pontos relevantes, como a demarcação do parque, o
levantamento topográfico de algumas áreas, a realização de um plano urbanístico
de regularização fundiária, previsão de infraestrutura e de equipamentos com
posterior regularização dos terrenos serão temas a serem tratados. A Prefeitura
entraria com apoio ao dar orientação jurídica no processo de cadastramento das
famílias.
Lino Peres, que atua no caso, não só como vereador, mas
também como professor orientador dos estudantes do Ateliê Modelo de Arquitetura
(AMA), desde 2009, diz que a comunidade do Alto Pantanal quer uma solução mais
efetiva para o caso, "para que aconteça o controle ordenado das áreas de
preservação e com ações que contenham as situações de risco, que já ocasionaram
a transferência de famílias daquele local em 2011”, observa o vereador.
Aproximadamente 60 famílias vivem hoje no local em situação de risco de
deslizamentos, em nascentes ou à beira de córregos e vertentes.
A reunião foi coordenada pelo chefe de gabinete da UFSC,
professor Carlos Antônio Oliveira Vieira, e contou com a participação do
secretário municipal de Habitação e Saneamento Ambiental, engenheiro Rafael
Hahne, e de técnicos e funcionários desta secretaria, arquiteta Cibele Assmann
Lorenzi, do geógrafo Eduardo Gudi e da assistente social Kelly Cristina Vieira,
além de representantes da Associação de Moradores do Alto Pantanal (AMAP),
estudantes do Ateliê Modelo de Arquitetura (AMA) da UFSC, e integrantes do
Comitê do Parque da Costeira do Pirajubaé e do Conselho Comunitário do
Pantanal.
À semelhança do que já ocorreu na comunidade Panaia,
localizada próxima ao campo da Ressacada, onde vivem famílias há mais de 40
anos, e que, depois de muita luta pela permanência no local, conseguiu-se
garantir um projeto de urbanização para a área em parceria com a Prefeitura
entre os anos de 2002 e 2005, anuncia-se a possibilidade concreta de uma
parceria da UFSC, moradores, Prefeitura e outros órgãos públicos em um projeto
que poderá ser referência de programa de regularização sustentável. É preciso
um esforço conjunto para a proposta ser efetiva, assinala o vereador Lino
Peres, que em muitas outras ocasiões teve, junto com diversas comunidades, que
entravar embates com a gestão municipal para evitar expulsão das comunidades de
seus lugares de moradia.
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