O vereador Lino Peres acompanhou na noite de ontem, até a 1ª Delegacia de Polícia da
Capital, a assessora de gabinete Vanda Pinedo, que foi agredida por um
segurança do Terminal Central (Ticen) ao filmar, com celular, policiais
militares que agiam com truculência contra um jovem cadeirante.
O fato ocorreu por volta
das 23 horas. Vanda estava no terminal para pegar o ônibus e viu, assim como
outras pessoas, a ação da polícia e dos seguranças do Terminal, contratados da
empresa Ondrepsb. Ao filmar o que estava acontecendo, foi contida com uma
“gravata” e conseguiu passar o celular ao seu filho, que foi obrigado a
entregar o equipamento. Um dos policiais apagou todas as imagens feitas por
Vanda. Várias pessoas que estavam no local testemunharam os fatos e também
foram até a delegacia para prestar depoimento, assim como militantes do
movimento social. Entre as testemunhas também estava um adolescente que foi
atingido no rosto por gás de pimenta.
Nesta segunda-feira o
mandato do vereador irá prestar mais informações e cobrar providências do Poder
Público e das autoridades, especialmente com relação a abuso da autoridade e à
forma de abordagem da polícia nas ruas. Outro fato grave é a ação dos seguranças
da Ondrepsb, que deveriam estar no local exclusivamente para guarda do patrimônio.
Segundo testemunhas, os guardas deram início à ação, que depois envolveu
policiais, ao exigir que adolescentes se retirassem da área, sendo que eles
estavam fora dos boxes de ônibus. Na delegacia, testemunharam disseram que também
não é a primeira vez que os guardas usam prerrogativas que não têm para
intimidar passageiros no terminal.
Cabe destacar que Vanda,
como assessora do gabinete do mandato, teve a iniciativa de fazer a filmagem ao
deparar uma situação de violência contra um jovem em cadeira de rodas, assim
como contra adolescentes que estavam no local, sendo então, ela própria, vítima
de violência.
Outro fato grave é a ação
do policial que apagou as imagens gravados por ela do um celular. Essas imagens
eram a prova do que ocorreu. Agora, as únicas imagens disponíveis são as das câmeras
instaladas no Ticen. Feita do celular de uma assessora parlamentar, a gravação,
depois apagada, seria elemento fundamental para a própria ação parlamentar
contra o que ocorreu.
Por fim, destaca-se que foi
fundamental a iniciativa de pessoas que, mesmo não tendo sido agredidas, foram
até a delegacia testemunhar e, ainda no terminal, manifestaram extrema indignação
com o que aconteceu com Vanda, com o jovem cadeirante e com adolescentes também
agredidos. Esse gesto com as vítimas
revela a solidariedade de quem, ao ver a injustiça, de imediato coloca-se a
lado de quem a sofreu.
Divulguei no FB. Sinto muito mesmo a agressão contra a Vanda Pinedo, mas talvez se não fosse com ela o caso se encerraria ali mesmo. A intimidação é tão grande que as pessoas preferem se calar.
ResponderExcluirDivulguei no FB. Sinto muito mesmo a agressão contra a Vanda Pinedo, mas talvez se não fosse com ela o caso se encerraria ali mesmo. A intimidação é tão grande que as pessoas preferem se calar.
ResponderExcluirA propósito ver no site da Carta Capital: Blog do Negro Belchior
ResponderExcluirA violência policial, a morte negra e a dor branca
O que torna a morte de uma pessoa negra uma banalidade e a vitimização de uma pessoa branca uma tragédia? Por Jaime Amparo Alves