sábado, 28 de setembro de 2013

Assessora do vereador Lino é agredida no Ticen ao filmar ação truculenta contra cadeirante

O vereador Lino Peres acompanhou na noite de ontem, até a 1ª Delegacia de Polícia da Capital, a assessora de gabinete Vanda Pinedo, que foi agredida por um segurança do Terminal Central (Ticen) ao filmar, com celular, policiais militares que agiam com truculência contra um jovem cadeirante.
O fato ocorreu por volta das 23 horas. Vanda estava no terminal para pegar o ônibus e viu, assim como outras pessoas, a ação da polícia e dos seguranças do Terminal, contratados da empresa Ondrepsb. Ao filmar o que estava acontecendo, foi contida com uma “gravata” e conseguiu passar o celular ao seu filho, que foi obrigado a entregar o equipamento. Um dos policiais apagou todas as imagens feitas por Vanda. Várias pessoas que estavam no local testemunharam os fatos e também foram até a delegacia para prestar depoimento, assim como militantes do movimento social. Entre as testemunhas também estava um adolescente que foi atingido no rosto por gás de pimenta.
Nesta segunda-feira o mandato do vereador irá prestar mais informações e cobrar providências do Poder Público e das autoridades, especialmente com relação a abuso da autoridade e à forma de abordagem da polícia nas ruas. Outro fato grave é a ação dos seguranças da Ondrepsb, que deveriam estar no local exclusivamente para guarda do patrimônio. Segundo testemunhas, os guardas deram início à ação, que depois envolveu policiais, ao exigir que adolescentes se retirassem da área, sendo que eles estavam fora dos boxes de ônibus. Na delegacia, testemunharam disseram que também não é a primeira vez que os guardas usam prerrogativas que não têm para intimidar passageiros no terminal.
Cabe destacar que Vanda, como assessora do gabinete do mandato, teve a iniciativa de fazer a filmagem ao deparar uma situação de violência contra um jovem em cadeira de rodas, assim como contra adolescentes que estavam no local, sendo então, ela própria, vítima de violência.
Outro fato grave é a ação do policial que apagou as imagens gravados por ela do um celular. Essas imagens eram a prova do que ocorreu. Agora, as únicas imagens disponíveis são as das câmeras instaladas no Ticen. Feita do celular de uma assessora parlamentar, a gravação, depois apagada, seria elemento fundamental para a própria ação parlamentar contra o que ocorreu.

Por fim, destaca-se que foi fundamental a iniciativa de pessoas que, mesmo não tendo sido agredidas, foram até a delegacia testemunhar e, ainda no terminal, manifestaram extrema indignação com o que aconteceu com Vanda, com o jovem cadeirante e com adolescentes também agredidos.  Esse gesto com as vítimas revela a solidariedade de quem, ao ver a injustiça, de imediato coloca-se a lado de quem a sofreu.

3 comentários:

  1. Divulguei no FB. Sinto muito mesmo a agressão contra a Vanda Pinedo, mas talvez se não fosse com ela o caso se encerraria ali mesmo. A intimidação é tão grande que as pessoas preferem se calar.

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  2. Divulguei no FB. Sinto muito mesmo a agressão contra a Vanda Pinedo, mas talvez se não fosse com ela o caso se encerraria ali mesmo. A intimidação é tão grande que as pessoas preferem se calar.

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  3. A propósito ver no site da Carta Capital: Blog do Negro Belchior
    A violência policial, a morte negra e a dor branca
    O que torna a morte de uma pessoa negra uma banalidade e a vitimização de uma pessoa branca uma tragédia? Por Jaime Amparo Alves

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