Um ato em defesa da Ponta do Coral e da proposta
popular do Parque Cultural das Três Pontas (Ponta do Coral, Ponta do Lessa e
Ponta do Goulart), na embocadura do do Manguezal do Itacorubi, acontece neste
sábado, dia 8, a partir das 14 horas. Haverá apresentações artísticas,
palestras e feira de produtos orgânicos, entre outras atividades.
O professor Lúcio Dias da Silva Filho, militante
ambientalista, reforça a importância do ato como resultado do esforço da
coletividade, inclusive com a participação de vereadores que apoiam essa causa,
o que é fundamental. “Quem participa está dando um exemplo de como se pratica
política urbana com civilidade”, afirma Lúcio.
Para o vereador Lino Peres, que está envolvido desde o
início dos anos 80 - como professor de Arquitetura e Urbanismo da UFSC - na
luta pela Ponta do Coral pública, nada melhor do que a participação no Ato para
marcar a semana em que foi celebrado o Dia Mundial do Meio Ambiente: “A luta
pela Ponta do Coral sintetiza a luta maior pela preservação das áreas verdes,
parques e espaços públicos da Capital, que há décadas vê diminuída ou
privatizada a extensão e quantidade dessas áreas”.
Segundo Lino, a Ponta do Coral, assim como o Parque de
Coqueiros, o Parque da Luz, a Lagoa do Peri e outras, é um símbolo de
resistência da população organizada e dos movimentos sociais para garantir
essas áreas públicas, com equipamentos para lazer e convívio social. A Ponta do
Coral também significa a manutenção do desenho da orla marítima, insular e
costeira, livre de obstáculos e com acesso a todos, garantindo a paisagem que
tanto foi citada nas recentes reportagens feitas por meios de comunicação da
Capital.
O vereador ressalta ainda que o Ato será mais uma
oportunidade para que as pessoas conheçam melhor a proposta do Parque Cultural
das Três Pontas, que vem sendo construída desde o final dos anos 70. As três
pontas conformam a embocadura do manguezal do Itacorubi, um dos maiores
manguezais em meio urbano na América Latina. Vale ressaltar que os manguezais
são fundamentais para a manutenção da vida marinha, porque são berçários
naturais para as espécies que neles vivem, e são ecossistemas que têm grande
biodiversidade.
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