No sábado
à noite, Lino, com a assessora do gabinete Albertina Silva, a Tina,
participaram da posse de Antônio Joel de Paula, o seu Antônio, na presidência
da Associação dos Moradores da Novo Horizonte, Monte Cristo, Florianópolis,
comunidade que fica próxima à BR 282, nos limites de Florianópolis com São
José.
Com seu
Antonio, Lino e alunos de Arquitetura e Urbanismo da UFSC fizeram, durante os
anos de 2000 a 2003, pesquisas e atividades de extensão porque havia críticas a
um projeto da Prefeitura, que previa um traçado viário que cortava a região,
retirava o antigo campo de futebol e projetava casas com 42 metros quadrados
sem expansão bilateral e sem garagem para carros, o que foi motivo de
reclamação generalizada das famílias com mais de quatro pessoas. Foram
levantadas as seguintes demandas para a área:
1-Realização
urgente de Audiência Pública para tratar da cobrança de água e de IPTU, cujos
valores os moradores consideram abusivos;
2-Verificar
na Prefeitura de Florianópolis a atual utilização dos galpões, originalmente
destinados à reciclagem de lixo;
3-Cobrar
da Prefeitura a pauta entregue no evento “Prefeitura no Bairro” e fazer uma
revisão do Projeto Habitar Brasil/BID implementado na gestão Amin e abandonado
na gestão de Dário Berger;
4-Rever o
projeto de Parque Comunitário do Monte Cristo, retomando a área do projeto
original, ou garantir os equipamentos previstos naquele projeto na atual área,
agora reduzida em 60%.
Avaliou-se
que, depois de 13 anos do Projeto Habitar Brasil/BID, chegou a hora de se fazer
um balanço deste projeto à luz do que as gestões Ângela Amin e Dário Berger
realizaram ou não. Em 2002, seu Antonio, acompanhado de Lino, foi à Brasília
denunciar ao BID a forma como foi implantado este projeto, de forma autoritária
e sem participação efetiva das comunidades locais. Graças a uma crítica
sistemática e vigilância do seu Antonio e algumas lideranças locais, com o
apoio da UFSC, conseguiu-se a revisão do projeto das casas projetadas,
incluindo-se necessidades dos idosos, pessoas com deficiência e famílias mais
numerosas em algumas casas. Esta foi uma experiência de luta das comunidades
locais contra o projeto da Prefeitura, demonstrando que é possível a real
participação democrática desde a concepção e implementação dos projetos e
programas urbanos e habitacionais, como prescreve a Lei 10.257/01, Estatuto da
Cidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário