Após muita discussão e polêmicas, foram aprovados, em Sessão Extraordinária ,
os financiamentos para quatro projetos
encaminhados pelo Executivo Municipal, a maioria referente a financiamentos do
PAC-2 na ordem de cerca de R$ 200
milhões. O maior, no valor de R$ 142.310.000,00, é para a implantação de um anel
viário e de um teleférico. Outro projeto é para a duplicação da Rua Deputado
Antônio Edu Vieira, no Pantanal, obra orçada em R$ 10.905.210,85. Os outros financiamentos são para a pavimentação da Rua Padre Rohr, no
Distrito de Santo Antônio de Lisboa, no valor de R$ 4.983.498,91, da Marginal
da Avenida Beira-mar Norte, no Bairro Agronômica, e da Rua Pastor William
Schisler, no Bairro Itacorubi, no total de R$ 4.252.451,99.
O vereador Lino
Peres, com outros vereadores de oposição, principalmente, criticou a pressa do
Executivo para encaminhar esses projetos, que não passaram pelas Comissões da
Câmara, conforme rege o regimento da Casa Legislativa. Estes projetos entraram
na CMF na última semana de junho e deveriam ser aprovados, conforme
calendário da Caixa Econômica Federa, até o dia 5 de julho. Como obras
importantes, embutidas no pacote, ainda estão sendo debatidas nas comunidades,
o vereador Lino Peres propôs - com apoio de vereadores da bancada do PSOL,
PCdoB, parte da do PDT e parte da do PP – que boa parte do financiamento só
fosse aprovada se houvesse Audiência Pública em agosto próximo para debater
qual projeto de mobilidade urbana deve ser implementado em Florianópolis e na
Região Metropolitana. Segundo Lino, é preciso discutir a implantação do
teleférico como um modal entre vários – mas não o único - que podem ser
implantados no município e, principalmente, na região do entorno do Maciço do
Morro da Cruz, parte central de Florianópolis e Bacia do Itacorubi.
Lino, que é
membro da Comissão de Estudos de Transporte e Mobilidade Urbana da UFSC e está
na discussão do novo projeto da rua Padre Rohr, abriu mão de encaminhar vistas
ao Projeto de Lei do Executivo, desde que a Câmara aprovasse a Audiência
Pública referida, condição indispensável para aprovação dos financiamentos. O
vereador espera que se cumpra essa decisão, defendida nas diversas falas e
aprovada em forma de requerimento na Sessão. “A cidade não pode mais tolerar
projetos isolados, sem projeto integrado de mobilidade urbana e sem discussão
por toda a sociedade, como foi o teleférico, que absorve a maior parte da verba
financiada e sem nenhum projeto feito, que nem os técnicos da Prefeitura sabem suficientemente
esclarecer”, critica Lino. A atual administração deu continuidade à solicitação
desse financiamento, feita pela administração anterior, e não queria perder sua
utilização, apesar de não ter projetos claramente definidos e de não tê-los
discutido com a população.
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