O presidente da Celesc, Cleverson Siewert,
recebeu o vereador Lino Peres e sua assessoria para uma audiência, na tarde de
sexta-feira, 25. Gerentes da empresa também estiveram presentes no encontro e
prestaram esclarecimentos sobre o vazamento de aproximadamente 12 mil
litros de óleo, entre a Tapera e o Ribeirão da Ilha, em novembro. Conforme
informações obtidas pelo gabinete, a área do governo do estado seria cedida à
Celesc e estaria em trâmite judicial para ser repassada à UFSC, quando ocorreu
o vazamento.
De acordo com dados obtidos pela assessoria do vereador, não
existe documentação oficial assinada pelas partes sobre a cessão da área para a
universidade, mas sim para o governo do estado, embora o próprio governo não
apresente esses comprovantes.
A Celesc afirma que está buscando todas as medidas possíveis
para solucionar o problema. De acordo com Siewert, foi providenciado um Plano
de Recuperação da Área Degradada (PRAD), que levará seis meses para ser
concluído. A presidência da Celesc diz não saber se o óleo chegou ao mar e que
o produto do vazamento não é Askarel por ter a concentração do PCB - material
utilizado nos transformadores - em quantidade bem inferior.
Paralelamente aos trabalhos realizados pelo Ibama a pela
Fatma, a Celesc também contratou uma empresa para novas amostragens bioquímicas
da água que devem ter o resultado conhecido em cinco dias. “Apesar de todas as
informações prestadas pela Celesc, pairam dúvidas sobre o processo de cessão do
terreno para a Celesc, que envolve toda a área da subestação e que não foi
oficialmente cedida para universidade, mesmo com as tratativas informais entre
a empresa e a UFSC.” Outra questão é como a empresa de energia elétrica afirma
ter tomado conhecimento do vazamento mais de 45 dias depois do fato ocorrido,
se tinha no local a vigilância sob sua responsabilidade.
O vereador lembra que não há documentação oficial assinada
pelas partes, incluindo o governo do estado, sobre a cessão do terreno. Outra
questão refere-se à falta de esclarecimento quanto ao papel e as
responsabilidades dos envolvidos no caso. O gabinete continua avaliando que a
guarda da subestação pertence à Celesc, sobre quem recai as responsabilidade,
tanto que contratou uma empresa para fazer a vigilância do local.
O gabinete continua fazendo contato com os envolvidos para
apurar os fatos e cobrar as responsabilidades a quem couber. Preocupado com a
questão ambiental e com as famílias que dependem da cata do berbigão e da pesca
artesanal, o vereador Lino Peres, eleito para atuar como fiscalizador das ações
implantadas na cidade, continua trabalhando para ajudar a comunidade do Sul da
Ilha nos esclarecimentos dos fatos.
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